Back
2021-06-07

GRUPO RAR COM VOLUME DE NEGÓCIOS DE 732 M€ E EBITDA A CRESCER PARA 71 M€

Num ano atípico, enfrentaram-se “condições verdadeiramente excecionais, com a pandemia a afetar as economias, os negócios e as pessoas de uma forma bastante assimétrica. Pelas características do nosso portefólio de negócios, mas também devido à qualidade e empenho dos nossos gestores e colaboradores, o impacto foi bastante moderado, embora modelado pelas fortes mudanças que se operaram nas formas de consumo. Entrámos em 2021 ainda condicionados pelos efeitos da pandemia, apelando, naturalmente, a uma posição de prudência nos negócios”, sublinha Nuno Macedo Silva, Presidente do Grupo RAR.

A Colep enfrentou bem as consequências internas e externas do impacto da pandemia e mostrou uma boa evolução dos seus níveis de rendibilidade, apesar de alguma contração sentida nas Divisões de Consumer Products e Healthcare, na Europa.

A Divisão de Packaging apresentou um desempenho algo superior ao esperado, tendo ganho quota de mercado nos segmentos tradicionais e desenvolvido uma nova atividade, a produção de embalagens para produtos desinfetantes. O segmento de embalagens General Line foi afetado pelas medidas de confinamento impostas pelos governos de Portugal e Espanha.

A Divisão de Consumer Products apresentou uma boa recuperação face ao ano anterior. Na Europa, enquanto as vendas de Aerosol Filling foram inferiores às de 2019, observou-se um bom progresso no segmento de Liquids&Creams, traduzido em aumento de rendibilidade.

A Divisão de Healthcare, o mais pequeno dos negócios da Colep, foi fortemente afetada pela pandemia, devido a um menor consumo e a não ser possível implementar novos projetos que possam minimizar os efeitos negativos de fatores externos, uma vez que o tempo para a sua implementação é bastante longo.

Na globalidade das suas localizações a Colep registou vendas de 357 milhões de euros e alcançou um EBITDA, antes de operações de reestruturação, de 46,6 milhões de euros.

O desempenho global da Vitacress revelou-se positivo e robusto ao longo de todo o ano de 2020. Embora os seus clientes da distribuição e retalho alimentares tenham tido um bom desempenho, no geral, o dos outros serviços ligados à alimentação foi afetado pela contração do setor hoteleiro e da restauração. Inversamente, a pandemia levou a um aumento significativo da culinária doméstica, produzindo um efeito positivo sobre o segmento das ervas aromáticas frescas, em particular no Reino Unido, na Holanda e na Alemanha.

As vendas ibéricas tiveram um bom desempenho e a marca Vitacress prosseguiu o seu desenvolvimento enquanto líder de mercado em Portugal, quer ao nível das saladas embaladas, quer dos vegetais “prontos a consumir”.

A atividade das ervas aromáticas frescas manteve a sua posição como líder de mercado no Reino Unido.

As ervas aromáticas são também embaladas nos Países Baixos, na Vitacress Real, negócio que continuou a consolidar os seus fortes laços com parceiros do setor de retalho e distribuição alimentar, na Bélgica, na Alemanha e nos Países Baixos, tendo-se expandido, ainda, para França.

A Vitacress reportou um volume de negócios de 156 milhões de euros e um EBITDA de 19 milhões de euros.

A RAR Açúcar continuou a consolidar a sua posição de destaque no mercado ibérico, num exercício que foi particularmente positivo face à realidade vivida nos anos anteriores e, mais ainda, tendo de enfrentar os efeitos de uma pandemia. Os bons resultados foram, em grande parte, motivados quer pela performance na compra da matéria-prima, quer pelas boas práticas na gestão das vendas, em que se destaca o expressivo crescimento da gama de produtos de valor acrescentado que comercializa.

Apesar de ter enfrentado um decréscimo da procura decorrente do encerramento de cafés e restaurantes, a RAR Açúcar teve um resultado bastante positivo, com o EBITDA a ultrapassar os 5 milhões de euros - numa grande inversão relativamente a 2019 - e um volume de negócios de perto de 70 milhões de euros.

Centrada na prestação de um serviço de trading, logística e aconselhamento, a Acembex posiciona-se como um dos maiores operadores nacionais de cereais (trigo, milho, arroz, cevada) e de outras matérias-primas para a indústria agroalimentar, tendo movimentado, em 2020, cerca de 700 mil toneladas provenientes da Europa, África, Ásia e do continente americano, com destino aos principais portos portugueses continentais, das ilhas da Madeira e dos Açores, e, ainda, a alguns portos no norte de França.

A Acembex desenvolve, ainda, atividade noutros mercados, continuando a destacar-se como um fornecedor de referência das principais fábricas de pet food europeias, ao comercializar matérias-primas, provenientes não só de Portugal, mas também de outras origens. Acompanhando as novas tendências de consumo, intervém hoje, de forma regular, no comércio de cereais biológicos para a indústria agroalimentar.

Em 2020, a Acembex teve um volume de negócios de 146 milhões de euros e um EBITDA de 547 mil euros.

Num ano em que se alterou a forma de viver, conviver e trabalhar, a casa passou a ter um papel importante de proteção e refúgio, um lugar capaz de se adaptar às necessidades de quem nela habita, situação que obrigou a RAR Imobiliária a refletir sobre os projetos em desenvolvimento, para oferecer ao mercado produtos ajustados ao contexto atual.

Em 2020 a RAR Imobiliária teve um desempenho positivo: concluiu-se a comercialização do “Edifício do Parque”, concretizou-se a venda de 70% das moradias na “Quinta do Paço Lumiar” e iniciou-se a comercialização do “Novo Parque”, em Matosinhos. Foram transacionados alguns ativos do património imobiliário da empresa e adquiridos outros, de forma a garantir a continuidade do negócio, que representou, em 2020, um volume de 3 milhões de euros e um EBITDA de 1 milhão de euros.